Mogo de Malta (Freguesia)
A seis quilómetros da sede do concelho, a freguesia de Mogo da Malta, nome muito curioso mas facilmente explicável, como adiante veremos, encontra-se no extremo este-nordeste de Carrazeda de Ansiães.
Mogo significa marco divisório. Este facto significa que era aqui que se fazia a separação do senhorio de Ansiães do de Malta.
A segunda partícula do topónimo está relacionada com a época em que a freguesia pertenceu àquela ordem.
Para Pinho Leal, de acordo com esta teoria, Mogo é uma palavra do português antigo, que significa marco divisório de um terreno ou propriedade, diz o ilustre autor que "ainda hoje são notáveis os mogos de Ansiães".
Para o povo, a explicação do nome da freguesia é no entanto outra: "No Mogo de Malta, na casa da família Menezes Pimentel ao fundo da escada da entrada, há um bloco de granito, que parece ter servido de base para sustentáculo do corrimão e apresenta vestígios ténues de insculturas. Todos na terra dizem que esta pedra é o mogo"(Cândida Florinda Ferreira -"Carrazeda de Ansiães - Notas Monográficas".
Esta freguesia foi uma vigairaria da Ordem de Malta, dai o nome com que foi baptizada e que ainda hoje perdura. O vigário era apresentado pelo comendador de Poiares. Tinha de rendimento anual a quantia de quarenta mil réis e o pé de altar. Até 1834, data da extinção das ordens religiosas e do definitivo advento do absolutismo, os seus habitantes beneficiaram de todas as regalias dos caseiros daquela Ordem.
José de Aguilar, em "Carrazeda de Ansiães e seu Termo", descreve uma lenda de Mogo de Malta: "No sítio da Figueira Redonda há um fragão de granito de forma esférica de muitas toneladas de peso que para ali fora levado por uma mulher á cabeça, enquanto fiava na roca, mas outros dizem que é obra do demónio. Veio o fragão do monte penhasco da Cabreira, lugar onde está a célebre "Quinta do Pobre" do tio Manuel António, milagre da teimosia e de raiva que do fraguedo faz farelo à marra, a guilho, à picareta, tudo bem regado com lágrimas de sangue".
Em relação à actividade económica da freguesia, actualmente, dir-se-á que a agricultura é a principal base de sustentação da população de Mogo da Malta, o cultivo de alguns cereais, os habituais nesta região, permitem a sua sobrevivência de olhos fitos no futuro e nos santos da sua predilecção. A eles rezam e pedem-lhes um futuro seguro e sem as agruras da vida. Santa Catarina é a padroeira da freguesia, a igreja matriz o principal lugar de culto dos cerca de duzentos habitantes que compõem a povoação.
Era natural de Mago da Malta João Inácio Teixeira de Meneses (10 de Fevereiro de 1859). Engenheiro agrónomo de profissão, foi director da Estação Transmontana de Fomento Agrícola. Morreu em Mirandela a 30 de Dezembro de 1915.
In... WWW.minhaterra.com.pt
A seis quilómetros da sede do concelho, a freguesia de Mogo da Malta, nome muito curioso mas facilmente explicável, como adiante veremos, encontra-se no extremo este-nordeste de Carrazeda de Ansiães.
Mogo significa marco divisório. Este facto significa que era aqui que se fazia a separação do senhorio de Ansiães do de Malta.
A segunda partícula do topónimo está relacionada com a época em que a freguesia pertenceu àquela ordem.
Para Pinho Leal, de acordo com esta teoria, Mogo é uma palavra do português antigo, que significa marco divisório de um terreno ou propriedade, diz o ilustre autor que "ainda hoje são notáveis os mogos de Ansiães".
Para o povo, a explicação do nome da freguesia é no entanto outra: "No Mogo de Malta, na casa da família Menezes Pimentel ao fundo da escada da entrada, há um bloco de granito, que parece ter servido de base para sustentáculo do corrimão e apresenta vestígios ténues de insculturas. Todos na terra dizem que esta pedra é o mogo"(Cândida Florinda Ferreira -"Carrazeda de Ansiães - Notas Monográficas".
Esta freguesia foi uma vigairaria da Ordem de Malta, dai o nome com que foi baptizada e que ainda hoje perdura. O vigário era apresentado pelo comendador de Poiares. Tinha de rendimento anual a quantia de quarenta mil réis e o pé de altar. Até 1834, data da extinção das ordens religiosas e do definitivo advento do absolutismo, os seus habitantes beneficiaram de todas as regalias dos caseiros daquela Ordem.
José de Aguilar, em "Carrazeda de Ansiães e seu Termo", descreve uma lenda de Mogo de Malta: "No sítio da Figueira Redonda há um fragão de granito de forma esférica de muitas toneladas de peso que para ali fora levado por uma mulher á cabeça, enquanto fiava na roca, mas outros dizem que é obra do demónio. Veio o fragão do monte penhasco da Cabreira, lugar onde está a célebre "Quinta do Pobre" do tio Manuel António, milagre da teimosia e de raiva que do fraguedo faz farelo à marra, a guilho, à picareta, tudo bem regado com lágrimas de sangue".
Em relação à actividade económica da freguesia, actualmente, dir-se-á que a agricultura é a principal base de sustentação da população de Mogo da Malta, o cultivo de alguns cereais, os habituais nesta região, permitem a sua sobrevivência de olhos fitos no futuro e nos santos da sua predilecção. A eles rezam e pedem-lhes um futuro seguro e sem as agruras da vida. Santa Catarina é a padroeira da freguesia, a igreja matriz o principal lugar de culto dos cerca de duzentos habitantes que compõem a povoação.
Era natural de Mago da Malta João Inácio Teixeira de Meneses (10 de Fevereiro de 1859). Engenheiro agrónomo de profissão, foi director da Estação Transmontana de Fomento Agrícola. Morreu em Mirandela a 30 de Dezembro de 1915.
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