Mogo de Ansiães… (freguesia Belver)
Muito perto de Carrazeda de Ansiães (2 km.), Belver deve o seu nome – diz o povo" às excelentes paisagens que dali se alcançam.
Teoria que não deixa de ser muito agradável e convidativa para uma visita á freguesia.
Parece certo que existe vida humana em Belver desde as épocas castrejas. O castro que se elevava na parte sudeste da povoação, sobre Fonte Longa, assim o indica. Os castros eram povoações fortificadas, situadas no alto dos montes e rodeadas por várias linhas de muralhas defensivas. Dentro, vivia em pequenas casas de pedra, cobertas por ramos de árvore, uma população pobre, que se dedicava apenas á agricultura e á domesticação de animais. Em Belver, não restaram no entanto grandes vestígios desse período.
Apesar de o repovoamento da freguesia ter começado apenas depois da reconquista encetada por Fernando Magno, por volta de meados do século XI, o definitivo e verdadeiro impulso para organizar o povoamento da região deu-se com D. Afonso Henriques.
Tal aconteceu quando se deu o aforamento do castelo de Ansiães e seu termo em meados do século XII, de que esta freguesia naturalmente beneficiou.
Em Belver, nome recente que depois da fundação da Nacionalidade veio substituir um outro, anterior, fazia-se a separação entre o termo de Ansiães e a Ordem de Malta. Aqui existiria um marco divisório entre os dois territórios. O topónimo Mogo de Malta, freguesia deste concelho, bem perto daqui, assim parece indicá-lo. Sobre esta questão, escreveu a "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira": "O próprio topónimo Mogo de Ansiães pode, em razão de estar junto de Mogo de Malta, mostrar o tardio do repovoamento que originou a povoação, sendo, por isso, neste aspecto, uma repetição do caso de Belver.
Em contrapartida, como aqui, podia já existir população e designação anterior, levando os novos factos a um segundo nome, que prevaleceu. Os dois lugares de Belver e Mogo de Ansiães foram simples lugares da paróquia antiga de S. Salvador de Ansiães".
O reitor de Ansiães apresentava “ad nutum” o vigário de Belver. Este tinha de rendimento anual quarenta mil réis de cóngrua e o pé-de-altar. A erecção paroquial de Belver terá ocorrido apenas depois do século XV. Em termos administrativos, pertenceu sempre à jurisdição de Ansiães.
Tanto a igreja paroquial como a capela de S. Bartolomeu são nitidamente românicas. Um românico pobre e tipicamente rural, que sofreu no entanto diversas transformações desde a sua construção.
A Fraga das Ferraduras, em Belver, faz parte também do património cultural da freguesia. Caracteriza-a da seguinte forma o abade de Baçal: "Está cheia de sinais em forma de arco, circulo e cruz, acompanhados de outros alfabetiformes de tipo ibérico, (...) insculturas semelhantes a estas de Belver, a não ser as ferraduras, encontram-se na Eira dos Mouros, na Galiza (Espanha), segundo vemos em Carballo".
In... WWW.minhaterra.com.pt
Muito perto de Carrazeda de Ansiães (2 km.), Belver deve o seu nome – diz o povo" às excelentes paisagens que dali se alcançam.
Teoria que não deixa de ser muito agradável e convidativa para uma visita á freguesia.
Parece certo que existe vida humana em Belver desde as épocas castrejas. O castro que se elevava na parte sudeste da povoação, sobre Fonte Longa, assim o indica. Os castros eram povoações fortificadas, situadas no alto dos montes e rodeadas por várias linhas de muralhas defensivas. Dentro, vivia em pequenas casas de pedra, cobertas por ramos de árvore, uma população pobre, que se dedicava apenas á agricultura e á domesticação de animais. Em Belver, não restaram no entanto grandes vestígios desse período.
Apesar de o repovoamento da freguesia ter começado apenas depois da reconquista encetada por Fernando Magno, por volta de meados do século XI, o definitivo e verdadeiro impulso para organizar o povoamento da região deu-se com D. Afonso Henriques.
Tal aconteceu quando se deu o aforamento do castelo de Ansiães e seu termo em meados do século XII, de que esta freguesia naturalmente beneficiou.
Em Belver, nome recente que depois da fundação da Nacionalidade veio substituir um outro, anterior, fazia-se a separação entre o termo de Ansiães e a Ordem de Malta. Aqui existiria um marco divisório entre os dois territórios. O topónimo Mogo de Malta, freguesia deste concelho, bem perto daqui, assim parece indicá-lo. Sobre esta questão, escreveu a "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira": "O próprio topónimo Mogo de Ansiães pode, em razão de estar junto de Mogo de Malta, mostrar o tardio do repovoamento que originou a povoação, sendo, por isso, neste aspecto, uma repetição do caso de Belver.
Em contrapartida, como aqui, podia já existir população e designação anterior, levando os novos factos a um segundo nome, que prevaleceu. Os dois lugares de Belver e Mogo de Ansiães foram simples lugares da paróquia antiga de S. Salvador de Ansiães".
O reitor de Ansiães apresentava “ad nutum” o vigário de Belver. Este tinha de rendimento anual quarenta mil réis de cóngrua e o pé-de-altar. A erecção paroquial de Belver terá ocorrido apenas depois do século XV. Em termos administrativos, pertenceu sempre à jurisdição de Ansiães.
Tanto a igreja paroquial como a capela de S. Bartolomeu são nitidamente românicas. Um românico pobre e tipicamente rural, que sofreu no entanto diversas transformações desde a sua construção.
A Fraga das Ferraduras, em Belver, faz parte também do património cultural da freguesia. Caracteriza-a da seguinte forma o abade de Baçal: "Está cheia de sinais em forma de arco, circulo e cruz, acompanhados de outros alfabetiformes de tipo ibérico, (...) insculturas semelhantes a estas de Belver, a não ser as ferraduras, encontram-se na Eira dos Mouros, na Galiza (Espanha), segundo vemos em Carballo".
In... WWW.minhaterra.com.pt
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