30 setembro 2005

Avô de si mesmo! (Lenda)

Havia um homem que teve a infelicidade de se casar com uma viúva que tinha uma filha.
Se ele soubesse o que ia acontecer, nunca se teria casado!
O seu pai, para maior desgraça, era viúvo, e quis a fatalidade que ele se apaixonasse e casasse com a filha da sua mulher.
Resultou daí que sua mulher, tornou-se sogra do seu pai.
A sua enteada ficou a ser sua mãe, e o seu pai era, ao mesmo tempo, seu genro.
Algum tempo depois, sua filha trouxe ao mundo um menino, que veio a ser seu irmão, porém, neto da sua mulher, de maneira que ficou a ser avô de seu irmão.
Com o decorrer do tempo, a sua mulher também deu à luz um menino que, como irmão da sua mãe, era cunhado do seu pai e tio do seu filho, passando sua mulher a ser nora de sua própria filha.
Ele, ficou a ser pai de sua mãe, tornando-se irmão do seu pai e do seu filho, e a sua mulher ficou a ser sua avó, já que é mãe da sua mãe.

Assim acabou por ser AVÔ DE SI MESMO!!!

29 setembro 2005

Canção das Vindimas

Côro

Fui um dia à vindima
Fiquei perdida na vinha
Encontrei lá os teus olhos
Nunca mais andei sozinha
Fui um dia à vindima
Encontrei lá no lagar
Levei o moço comigo
Fomos dali p’ro altar.
...
I
...
De tesoura em punho
As vindimadeiras cortam
Nas videiras as uvas maduras
Lá vão pelo geio de tronco curvado
Com um cacho para a cesta
E outro para a boca
Quando o dia acaba
As vindimadeiras de cesta no braço
Sobem a ladeira, com suor no rosto e o
Cheiro a mosto
Não mostram cansaço ao cantar em côro

(Canção recolhida nos Mogos pelo C.C.R.M.)

A Velha e a Fraga (lenda)

No sítio da Figueira Redonda, termo do Mogo de Malta, há uma grande fraga arredondada, que terá o diâmetro de seis metros.
Julga-se que foi trazida por uma velha, fiando na roca, do Sítio da Cabreira, distante três quilómetros, por uma íngreme ladeira acima, onde dificilmente se anda a pé.
Em cima da cabeça servindo de rodela, trazia a velha outro fraguedo um pouco menor, também redondo, que está junto do anterior.
...
( Lenda recolhida nos Mogos pelo C.C.R.M )

28 setembro 2005

Cruzeiros

( Cruzeiro junto á Estrada nacional 214 )
...
Os Cruzeiros são marcos históricos que estão dispersos pela nossa aldeia, todos eles trabalhados em pedra.
Estes marcos são um símbolo da fé e assinalam acontecimentos a nível individual e colectivo, quer de índole histórica, quer religiosa.

Cruzeiros I

( Cruzeiro do "Arrabalde")

Cruzeiros II

( Cruzeiro da Cruz de Pedra )

"Flash" Alminhas!

"Alminhas no Cimo do Povo"
(marca da devoção do povo)

Flash "Alminhas" I


( Alminhas no Fundo do Povo)

Flash "Alminhas" II

( Alminhas na Lage do Medo)

27 setembro 2005

Centro Social e Paroquial de Mogos

(Vista C.S.P.M)
O Centro Social e Paroquial de Mogos (C.S.P.M.) é uma instituição particular de solidariedade social, fundada em 29 de Fevereiro de 1988, conforme declaração do Diário da República de 10/1/1989, em que foi considerada instituição de utilidade pública com o nº 77/88.
Esta instituição de solidariedade nasceu da vontade e querer de toda a população dos Mogos.
Desde o início da construção deste edifício foi muito acarinhada pela população, sendo de destacar o 1º Cantar de Reis em 1988 de porta a porta, para angariação de fundos. À porta de todas as casas era cantada a seguinte quadra:

Todos nós queremos ter
Conforto e alegria
Pedimos a vossa oferta
Para o nosso Centro de Dia

Foi um grande sucesso em generosidade, alegria e apoio.
Iniciou-se a sua construção em Novembro de 1988, tendo as obras decorrido em bom ritmo, embora com algumas dificuldades financeiras, que sempre foram superadas.

Centro Social e Paroquial de Mogos I

Clique aqui para saber mais sobre o Centro Social e Paroquial dos Mogos
In: Mensageiro de Bragança

23 setembro 2005

Riqueza & Pobreza (lenda)

Um dia um pai de uma família rica levou o seu filho para uma aldeia "pobre" com o firme propósito de lhe mostrar o quanto as pessoas podem ser pobres.
Passaram um dia e uma noite na casa de uma família muito pobre.Quando regressaram a casa, o pai perguntou ao filho:
– Como foi a viagem?
– Muito boa papa!.
– Viste como podem ser as pessoas pobres?
-Perguntou o pai.– Sim.
– E o que é que aprendeste?
– perguntou o pai.
Eu vi que nós temos um cão em casa, e eles têm quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim; eles têm um riacho que não tem fim.Nós temos uma varanda coberta e iluminada com luz, eles têm as estrelas e a lua. O nosso quintal vai até o portão de entrada, eles têm uma floresta inteira.Quando o pequeno garoto estava a acabar de responder, o seu pai ficou estupefacto. O filho acrescentou:
-- Obrigado, pai, por me mostrares quão "pobres" nós somos!...

Moral da História

Tudo o que temos depende da maneira como olhamos para as coisas. Se temos amor, amigos, saúde, bom humor e atitudes positivas para com a vida, temos tudo! Se somos "pobres de espírito", não temos nada.

21 setembro 2005

Eclipse Solar – Visível dia 03 Outubro

O maior eclipse solar visível em Portugal nos últimos cem anos ocorrerá no próximo dia 03 de Outubro, quando se registar um alinhamento perfeito entre o Sol, a Lua e a Terra. O fenómeno ocorre por volta das 10 da manhã e será mais visível no norte do país.
Durante cerca de cinco minutos da manhã de 03 de Outubro, a Lua vai sobrepor-se totalmente ao Sol, ficando visível apenas um anel de luz em torno da Lua, razão por que se chama a este tipo de eclipse anular ou anelar.
Em Portugal, os distritos privilegiados são os de Braga, Vila Real, Viana do Castelo e sobretudo Bragança, situados dentro dessa estreita faixa de visibilidade ao longo da qual o disco lunar oculta o centro do disco solar.
Quem estiver nesta zona pode observar durante perto de cinco minutos o auge do eclipse (por volta das 09:54), que começa às 08:38 e termina às 11:16, hora de Lisboa.
Os eclipses em si não são fenómenos raros, já que ocorrem várias vezes por ano, o que é raro é acontecerem no mesmo local. O último eclipse anular em Portugal ocorreu em 1912 e o próximo só voltará a acontecer em 2028.
Apesar de se aconselhar que toda a gente observe o eclipse, de preferência a partir do distrito de Bragança, recomenda-se vivamente o uso de óculos especiais para o efeito e alerta-se para o perigo de se olhar para o sol sem protecção.

Lenda Das Duas Fragas

No sítio das cabeças, termo de Mogo de Malta, há duas fragas: uma está cheia de ouro, outra cheia de veneno.
Se alguém partisse a do veneno, envenenava toda a aldeia, se partisse a do ouro todas as pessoas da aldeia ficariam ricas.
Mas como ninguém sabe qual é a do veneno nem qual é a do ouro, ninguém se atreve a mexer nas ditas fragas.

Lenda narrada por: Oliva dos Anjos Lages
In: Arco Irís C.C.R.M

20 setembro 2005

As Pipas do Lavrador

Clique aqui para ler o artigo, completo, intitulado "As Pipas do Lavrador" de Ana Preto, publicado a 2005/06/09, no semanário Mensageiro de Bragança, sobre tanoaria, uma actividade que outrora dava emprego a muitos dos residentes nos Mogos e que agora quase desapareceu!!!

19 setembro 2005

Museu Etnográfico

(Antiga Escola Primária, agora Museu Etnográfico)

Em 1934, João da Cruz Araújo construiu, na freguesia de Mogo de Malta, um edifício escolar que ofereceu ao estado, onde a sua esposa, Ana de Jesus Morais Araújo exerceu a sua actividade como professora até 1962.
Logo após a sua reforma, o edifício foi lançado ao abandono e brevemente entrou em ruínas, devido à sua privilegiada localização e à enorme área circundante, foi cobiçado por muitos particulares que o desejavam ocupar.
Perante esta situação injusta, optou-se por criar ali um espaço cultural, foi então, que em 1975 com a ajuda de um grupo de jovens foi criado o Centro Cultural e Recreativo de Mogos com os seus estatutos legalizados, e recuperado o espaço, onde está actualmente instalado o Museu Etnográfico da aldeia.

In: Arco Irís C.C.R.M.

Museu I

Museu dos Mogos
(cozinha tradicional)

18 setembro 2005

Uma História de Responsabilidades

Era uma vez um grupo de pessoas que se chamavam:

Ninguém; Alguém; Qualquer um; Cada um e Toda a gente.

Havia uma tarefa muito importante a realizar e...

Toda a gente tinha a certeza que Alguém a faria,
Qualquer um poderia fazê-la,
Mas Ninguém tomou conta dela.
Alguém ficou furioso, porque se tratava de uma tarefa que cabia a Toda a gente.
Cada um pensou que Qualquer um poderia fazê-la,
Mas Ninguém pensou que Toda a gente se esqueceria de a fazer.

O resultado é que Cada um acusou Alguém,
Dado que Ninguém fez o que Qualquer um poderia ter feito.

Autor:
Ninguém

14 setembro 2005

Ser Jovem, Construir, Edificar!

A vida é um milagre maravilhoso! Mas há momentos em que se reveste de uma intensidade particular, transformando-se em aventura... Estes são os tempos da Juventude – quando o Homem traz no coração todas as ânsias, todos os desejos, todas as inquietações, e também a alegria, a esperança e a generosidade.
Mas esta existência, que chama a si toda a liberdade, necessita de ser conduzida, pois tanta energia, tanta vitalidade dissipam muitas vezes a capacidade de discernimento; isto é, não somos completamente capazes de distinguir o bem do mal e encontrar, na confusão dos sentimentos, o bem maior que é a verdade.
A Juventude é o mais importante e crucial período da vida para a formação da pessoa. Uma Juventude saudável, aquela que conduz à harmoniosa estruturação da personalidade, implica a presença de um conjunto de valores que ajudam a viver a vida como um dom.
Imaginemos uma pessoa como algo em construção, tal como uma casa! Todos temos a noção das características de uma boa construção: deve ser sólida, resistente e, ao mesmo tempo, harmoniosa nas suas formas, agradável à vista e o interior confortável. Os valores são os materiais para a construção - se forem bem escolhidos e bem aplicados estará garantida a segurança da casa, ou seja, a maturidade e o equilíbrio da pessoa.
Talvez o primeiro dos valores, certamente o mais proclamado hoje, seja a Liberdade. Somos, de facto, livres. Isto significa que temos a possibilidade e a capacidade de optar, de escolher entre aquilo que é bom e o que é mau. Assim, a liberdade não é um valor absoluto, ela carece de um complemento que é a Responsabilidade. Só vivendo de forma responsável a nossa liberdade poderemos fazer bom uso dela (e teremos, assim, o mais sólido cimento para a nossa construção!).
Podemos enunciar muitos outros valores, são como que os tijolos da construção:
- O respeito pelo outro. Cada pessoa merece ser tratada com dignidade, pois a pessoa humana tem um valor incalculável; é a realização do dom da vida que ninguém tem poder de oferecer e, por conseguinte, jamais alguém tem o direito de maltratar;
- O sentido da justiça, ou seja, reconhecer os direitos de cada um, defendê-los, promovê-los e, ao mesmo tempo, cooperar no cumprimento dos deveres;
- O serviço generoso, aquele que se oferece de forma gratuita, sem esperar recompensa ou lucro.
O acolhimento cordial e o diálogo são como que a pintura e decoração da casa - tornam-na habitável! Saber acolher olhar com ternura e calor para aquele que sofre, ter uma palavra amiga para confortar e para felicitar, saber partilhar a alegria do outro e procurar compreender as atitudes, evitando a ira e a violência.
E, por fim, a Solidariedade, a pedra de toque e mais nobre - sem ela toda a construção estaria ameaçada de ruína, sem ela tudo o resto é vazio e sem sentido.
A verdade é que somos seres em construção e não obra feita. A Juventude é um tempo privilegiado de crescimento, das grandes decisões, dos grandes desafios. Desta base depende tudo o resto, a solidez da edificação, a vida do Homem, o futuro da Humanidade.
Fernanda Fernandes

In: Arco-íris – Centro Cultural e Recreativo dos Mogos

13 setembro 2005

Santuário de N.ª S.ª da Saúde

O Santuário de Nª Sª da Saúde fica situado num monte aprazível donde se avista uma bela paisagem, desde as aldeias circundantes, até ao vasto vale da Cabreira, surgindo também no horizonte a conhecida Quinta do pobre.
Neste local e à sombra de pinheiros e carvalhos, podem os visitantes repousar e saborear os seus farnéis.
A ideia de construção deste santuário nasceu no ano de 1953, aquando de uma missão realizada na igreja paroquial do Mogo, pregada pelos padres do Imaculado Coração de Maria, Padre Carolino e Padre Monteiro.
Numa daquelas tardes quentes de Verão, os padres missionários, o pároco da freguesia, D. Damiana Coelho, D. Maria Isabel Trigo Moutinho, D. Ana Morais e outros foram saborear uns momentos de lazer e comer uma merenda no monte da Cabeça Gorda.
Nessa altura surgiu o diálogo:
Dª Damiana: - Que bonito lugar para uma capela!
D. Isabel: - Óptimo. Eu dou Imagem e há-de chamar-se Nª Senhora da Saúde.
Dª Damiana: - Eu ofereço o sino para chamar os fiéis à oração.
Dito e feito. A ideia foi lançada, começa um peditório e a construção realizou-se em pouco tempo, com bastantes sacrifícios e grande generosidade deste bom povo.
Em 1955 foi inaugurada a capela de Nª Senhora da Saúde e, desde então, passou a realizar-se, no último Domingo de Julho, a festa em honra de Nossa Senhora da Saúde.

Desde a inauguração até à presente data, o Santuário sofreu várias obras. Para melhorar as condições de acesso e utilização: desde o inicio da construção da capela de Nª Sª da Saúde as obras não mais pararam, não sem grandes dificuldades, e ano após ano melhoraram-se os acessos, construiu-se a casa dos milagres, instalou-se a electricidade e canalização de água pública, foi cimentado o recinto de baile, adquiriu-se o parque de estacionamento, foi feito o novo acesso pela Av. Francisco Bernardo e actualmente foi construído um novo palco e instalações sanitárias.

In: Arco Iris – C.C.R.M.

10 setembro 2005

Desportos Radicais I


DESPORTOS RADICAIS

No primeiro fim-de-semana de Setembro de 2005, o Centro Cultural e Recreativo de Mogos (C.C.R.M), organizou mais uma actividade do seu plano para 2005. Foram dois dias cheios de adrenalina, emoção e aventura, foi uma actividade direccionada aos jovens dos Mogos, com um programa repleto de desportos radicais, com acampamento e refeições servidas no meio da natureza, no lugar de Pique, pertencente à freguesia de Mogo de Malta.
Foram cerca de duas dezenas de jovens que puderam viver estes dias cheios de adrenalina e aventura, através da escalada, rappel e slide, tiro ao alvo com espingarda, arco e não esquecendo o paint ball e o enorme convívio durante o almoço e o jantar.
Foi espantoso como toda a gente viveu este fim-de-semana diferente, mesmo a população que assistiu a este evento. Para muitos foi uma estreia de emoções, ficou a vontade para uns de repetir e para outros de experimentar numa próxima oportunidade.
Com o apoio do Instituto Português da Juventude, da Junta de Freguesia, do Centro Social e da empresa Nordeste Aventura, sem os quais não seria possível a realização desta actividade.

Organização: C.C.R.M.
Colaborador: J. Almeida

Desportos Radicais II

O avaliar da situação!!!
C.C.R.M

Desportos Radicais III

Slide & Adrenalina
C.C.R.M

Desportos Radicais IV

Arco & Flecha
C.C.R.M.

Desportos Radicais V

O convivio "Radical"
C.C.R.M

Fraga Selim ( lenda )


Em tempos muito antigos havia um padre que rezava missa no Mogo e em Zedes.
Para se deslocar de uma aldeia para a outra utilizava o caminho que passava no sítio do Navalho, Cabreira, Quinta do Pobre, e subia por ali a cima até chegar a Zedes.
Todos os Domingos fazia aquela viagem a pé e ia e vinha sempre pelo mesmo caminho, passava sempre pelos mesmos lugares.
Certo dia ao passar no Navalho, no lugar onde há uma fraga chamada Selim, olhando para ela disse:
- Credo que tendal de figos ali está!
Ficou tão admirado que pensou: - Nesta época do ano (Inverno) Figos a secar!
Foi-se chegando mais perto dos figos e disse:
-É pecado mas vou meter três ao bolso.
Tal como disse assim fez e continuou o caminho para a aldeia onde rezou a missa.
No final da missa deu-lhe a fome e meteu a mão ao bolso para tirar os figos. Mas qual não foi o seu espanto quando ao tirar a mão do bolso lhe saíram três libras de ouro em vez dos figos que lá tinha metido.
O padre sem dizer nada a ninguém depressa voltou para o lugar onde estavam os figos para tirar mais mas, quando lá chegou já não havia nada. Tinham desaparecido todos os figos como por encanto.
Procurou por todo o lado, mas nada. O padre nem queria acreditar. Bem arrependido ficou por não ter levado todos os figos, porque assim ficaria muito rico…


Lenda recolhida nos Mogos pelo Centro Cultural e Recreativo de Mogos
Colaborador J. Almeida

09 setembro 2005

Mogo de Malta - História

Mogo de Malta (Freguesia)

A seis quilómetros da sede do concelho, a freguesia de Mogo da Malta, nome muito curioso mas facilmente explicável, como adiante veremos, encontra-se no extremo este-nordeste de Carrazeda de Ansiães.
Mogo significa marco divisório. Este facto significa que era aqui que se fazia a separação do senhorio de Ansiães do de Malta.
A segunda partícula do topónimo está relacionada com a época em que a freguesia pertenceu àquela ordem.
Para Pinho Leal, de acordo com esta teoria, Mogo é uma palavra do português antigo, que significa marco divisório de um terreno ou propriedade, diz o ilustre autor que "ainda hoje são notáveis os mogos de Ansiães".
Para o povo, a explicação do nome da freguesia é no entanto outra: "No Mogo de Malta, na casa da família Menezes Pimentel ao fundo da escada da entrada, há um bloco de granito, que parece ter servido de base para sustentáculo do corrimão e apresenta vestígios ténues de insculturas. Todos na terra dizem que esta pedra é o mogo"(Cândida Florinda Ferreira -"Carrazeda de Ansiães - Notas Monográficas".
Esta freguesia foi uma vigairaria da Ordem de Malta, dai o nome com que foi baptizada e que ainda hoje perdura. O vigário era apresentado pelo comendador de Poiares. Tinha de rendimento anual a quantia de quarenta mil réis e o pé de altar. Até 1834, data da extinção das ordens religiosas e do definitivo advento do absolutismo, os seus habitantes beneficiaram de todas as regalias dos caseiros daquela Ordem.
José de Aguilar, em "Carrazeda de Ansiães e seu Termo", descreve uma lenda de Mogo de Malta: "No sítio da Figueira Redonda há um fragão de granito de forma esférica de muitas toneladas de peso que para ali fora levado por uma mulher á cabeça, enquanto fiava na roca, mas outros dizem que é obra do demónio. Veio o fragão do monte penhasco da Cabreira, lugar onde está a célebre "Quinta do Pobre" do tio Manuel António, milagre da teimosia e de raiva que do fraguedo faz farelo à marra, a guilho, à picareta, tudo bem regado com lágrimas de sangue".
Em relação à actividade económica da freguesia, actualmente, dir-se-á que a agricultura é a principal base de sustentação da população de Mogo da Malta, o cultivo de alguns cereais, os habituais nesta região, permitem a sua sobrevivência de olhos fitos no futuro e nos santos da sua predilecção. A eles rezam e pedem-lhes um futuro seguro e sem as agruras da vida. Santa Catarina é a padroeira da freguesia, a igreja matriz o principal lugar de culto dos cerca de duzentos habitantes que compõem a povoação.
Era natural de Mago da Malta João Inácio Teixeira de Meneses (10 de Fevereiro de 1859). Engenheiro agrónomo de profissão, foi director da Estação Transmontana de Fomento Agrícola. Morreu em Mirandela a 30 de Dezembro de 1915.

In... WWW.minhaterra.com.pt

Mogo de Ansiães - História

Mogo de Ansiães… (freguesia Belver)

Muito perto de Carrazeda de Ansiães (2 km.), Belver deve o seu nome – diz o povo" às excelentes paisagens que dali se alcançam.
Teoria que não deixa de ser muito agradável e convidativa para uma visita á freguesia.
Parece certo que existe vida humana em Belver desde as épocas castrejas. O castro que se elevava na parte sudeste da povoação, sobre Fonte Longa, assim o indica. Os castros eram povoações fortificadas, situadas no alto dos montes e rodeadas por várias linhas de muralhas defensivas. Dentro, vivia em pequenas casas de pedra, cobertas por ramos de árvore, uma população pobre, que se dedicava apenas á agricultura e á domesticação de animais. Em Belver, não restaram no entanto grandes vestígios desse período.
Apesar de o repovoamento da freguesia ter começado apenas depois da reconquista encetada por Fernando Magno, por volta de meados do século XI, o definitivo e verdadeiro impulso para organizar o povoamento da região deu-se com D. Afonso Henriques.
Tal aconteceu quando se deu o aforamento do castelo de Ansiães e seu termo em meados do século XII, de que esta freguesia naturalmente beneficiou.
Em Belver, nome recente que depois da fundação da Nacionalidade veio substituir um outro, anterior, fazia-se a separação entre o termo de Ansiães e a Ordem de Malta. Aqui existiria um marco divisório entre os dois territórios. O topónimo Mogo de Malta, freguesia deste concelho, bem perto daqui, assim parece indicá-lo. Sobre esta questão, escreveu a "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira": "O próprio topónimo Mogo de Ansiães pode, em razão de estar junto de Mogo de Malta, mostrar o tardio do repovoamento que originou a povoação, sendo, por isso, neste aspecto, uma repetição do caso de Belver.
Em contrapartida, como aqui, podia já existir população e designação anterior, levando os novos factos a um segundo nome, que prevaleceu. Os dois lugares de Belver e Mogo de Ansiães foram simples lugares da paróquia antiga de S. Salvador de Ansiães".
O reitor de Ansiães apresentava “ad nutum” o vigário de Belver. Este tinha de rendimento anual quarenta mil réis de cóngrua e o pé-de-altar. A erecção paroquial de Belver terá ocorrido apenas depois do século XV. Em termos administrativos, pertenceu sempre à jurisdição de Ansiães.
Tanto a igreja paroquial como a capela de S. Bartolomeu são nitidamente românicas. Um românico pobre e tipicamente rural, que sofreu no entanto diversas transformações desde a sua construção.
A Fraga das Ferraduras, em Belver, faz parte também do património cultural da freguesia. Caracteriza-a da seguinte forma o abade de Baçal: "Está cheia de sinais em forma de arco, circulo e cruz, acompanhados de outros alfabetiformes de tipo ibérico, (...) insculturas semelhantes a estas de Belver, a não ser as ferraduras, encontram-se na Eira dos Mouros, na Galiza (Espanha), segundo vemos em Carballo".

In... WWW.minhaterra.com.pt

Os Mogos - Localização


Os Mogos - Carrazeda de Ansiaes